quinta-feira, 12 de abril de 2012

Versão Atual do People.Net in Education

Efeito Katilce

Como o Youtube, o Second Life e outros recursos da Web 2.0 vão mudar o setor da educação

Maurício Garcia, julho de 2007

Há algum tempo, a banda U2 esteve no Brasil para uma série de shows. Eu estive em um destes, no Estádio do Morumbi. Num determinado momento do show, a estrela da banda, o vocalista Bono, pegou pelo braço uma garota e colocou-a no palco. Foram poucos minutos em que a jovem esteve bem próxima do super-star, com direito a dança, brincadeiras e até um “selinho” no final. A menina era uma mineira chamada Katilce Miranda Almeida.  No dia seguinte, alguns internautas descobriram que a Katilce tinha um perfil no Orkut e começaram a mandar mensagens (scraps), cumprimentando a felizarda. A notícia correu pela rede de uma forma viral, que milhares de pessoas começaram a enviar freneticamente mensagens para a Katilce. O fenômeno foi tão surpreendente que a Katilce recebeu, em 2 dias, quase 3 milhões de mensagens. Foram quase 20 mensagens por segundo. Eu mesmo cheguei a mandar uma mensagem para ela, para ver o fenômeno. Foi incrível, pois eu sequer consegui ver a minha mensagem, já que na fração de tempo entre eu enviar a mensagem e a página ser recarregada na tela, dezenas de outras mensagens entraram na frente da minha, que se perdeu na torrente de mensagens. Em poucas horas já existiam dezenas de comunidades como "Quando é que sai a Playboy da Katilce?", "Quero ver Katilce no Jô Soares" ou até mesmo "Katilce para presidente".
Eu fiquei profundamente intrigado por que motivo tantas pessoas mandaram mensagens para a Katilce. Mensagens que ela não leu, pois foram milhões, e que quem enviou também não leu, pois se perderam na enxurrada. Aquilo ficou na martelando na minha cabeça: “O que leva uma pessoa mandar uma mensagem que sabidamente não vai ser lida?”.
O fato é que o comportamento viral na Internet tem sido uma constante. O próprio Orkut tornou-se um fenômeno, com dezenas de milhões de usuários cadastrados. Praticamente todo estudante de ensino superior participa desse site de relacionamentos. 
A Wikipedia é outro fenômeno desse tipo. Criada como uma enciclopédia virtual em que os verbetes são construídos e atualizados livremente pelos visitantes, ela se tornou uma referência de consulta, inclusive incorporada pela poderosa ferramenta de busca do Google. A versão em inglês da enciclopédia, a maior, possui quase 2 milhões de verbetes construídos através de cerca de 150 milhões de atualizações desde julho de 2002. São milhares de atualizações por dia, feitas de forma espontânea, voluntária e, na maior parte das vezes, anônima pelos seus visitantes.
Parece existir um denominador comum entre esse fenômeno e o caso da Katilce. As pessoas querem participar, fazer parte de algo que está acontecendo. Ninguém obriga essas pessoas a fazer isso, elas fazem porque querem. Eu chamo isso de “Efeito Katilce”. Talvez seja um sinal dos tempos, em que o agitado cotidiano deixa as pessoas carentes de relacionamentos, mas o “Efeito Katilce” tem se mostrado em vários outros fenômenos da Internet.
O Youtube é outro caso emblemático. Quem poderia imaginar que um portal que exibe vídeos colocados pelos seus usuários pudesse se tornar uma febre na rede, a ponto  dele ser arrebatado pelo Google, pela bagatela de US$ 1,6 bilhão. E vale a pena notar que, no momento de sua venda, o Youtube dava um prejuízo mensal de alguns milhares de dólares. Isso quebra todas as regras de “valuation”. Dentro do próprio Youtube, o efeito viral se replica. Em poucos dias, vídeos que beiram o ridículo se tornam fenômenos de audiência, como o “Tapa na Pantera” (http://www.youtube.com/watch?v=6rMloiFmSbw) e o “Vai tomar...” (http://www.youtube.com/watch?v=dHpSCHxb780) . Esse último vídeo, junto com suas versões, chegou a ser acessado por cerca de 100 mil pessoas por hora. 
Agora, a bola da vez parece ser o Second Life. Os usuários desse programa podem passar por uma experiência virtual tridimensional, criando um personagem e andando pelos intermináveis ambientes produzidos pelos outros usuários. Praticamente todas grandes empresas já têm algo construído em algumas das ilhas do Second Life.
O que há de comum em todas essas novidades é a forma como o usuário lida com o ambiente virtual. Na Web tradicional, os sites funcionam como folhetos virtuais, aonde usuário vai e “pega” algo. Nessa nova Web, que vem sendo chamada de Web 2.0, o usuário pode também deixar algo. É isso que faz a diferença, não é só “download”, há também o “upload”. Não importa se é um vídeo, um verbete de uma enciclopédia ou uma mensagem para a Katilce, mas as pessoas querem participar ativamente, querem deixar algo, não querem ser somente espectadores. Se Piaget fosse vivo ele iria adorar...
O que é fantástico em toda essa história é o contraste da excitação e do frenesi dos jovens para participar de tudo isso, com a apatia e desinteresse que os professores se queixam dos mesmos na sala de aula. É uma pena que a maioria dos professores ainda não se deu conta que não existe mais aquele cândido aluno, sentado de maneira comportada em sua carteira, a ouvir as preleções de seu mestre. O que pode parecer melancólico para alguns, para mim é uma fantástica oportunidade. Quem souber trabalhar pedagogicamente com o “Efeito Katilce” vai mudar a história da educação.
Mais cedo ou mais tarde, isso vai acontecer. Além disso, é bobagem dizer que o aluno está muito fraco, sem base e que não consegue aprender. Ouço muito isso em muitas instituições que visito. Na verdade, ele sabe aprender e faz isso sozinho muito bem. Quem precisa se preocupar em ensinar um jovem a usar o MSN? Quem já mandou seu filho fazer um curso de Orkut? É impressionante como eles aprendem rapidamente. Eu me lembro que até pouco tempo os pais queriam que seus filhos fizessem cursos de informática, para aprender a “mexer no computador”. Isso acabou, eles aprendem sozinhos e muitas famílias hoje precisam lidar com os problemas que agora aparecem pela fixação excessiva dos jovens no computador, muitos pais têm que impor limites. Quem poderia imaginar isso? 
O que os jovens não aprendem, na verdade, é a classificação das plantas em angiospermas e gimnospermas, a diferença entre um advérbio e um adjunto adverbial, a fórmula de Bhaskara para resolver a equação do segundo grau e os fatores predisponentes para a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos. Agora, cá entre nós, além dos professores, quem sabe isso? 
O que penso, assim, é que os novos tempos nos mostram que existem muitas oportunidades para mudanças no processo pedagógico, mas primeiro é preciso jogar fora tudo aquilo que conhecemos sobre educação. Quem está disposto a fazer isso?
Conheço pouca gente que aceita, a academia é muito conservadora.  Não precisamos mais de salas de aula. Não tem cabimento mais um professor ficar na frente da sala “dando” aula. Isso fazíamos no tempo em que a professora passava o “ponto na pedra”. Na verdade, a preleção como centro da didática foi algo formalizado pelos jesuítas, no século XVI, em seu “Ratio Studiorum”, talvez um dos primeiros PPIs (Projeto Pedagógico Institucional).
Hoje, o conhecimento se multiplica de uma forma exponencial e quase tudo está disponível na Internet. O Youtube, por exemplo, tem vídeos fabulosos que podem ser trabalhados com os alunos, mas desconheço as plataformas que estão totalmente integradas a essa tecnologia. Quem já se reuniu com seus alunos no Second Life?
O pouco que comecei a fazer neste sentido tem me deslumbrado. As oportunidades são inúmeras e, principalmente, é muito divertido. Em pouco tempo, a educação será totalmente diferente daquilo que conhecemos e quem sair na frente vai ficar em vantagem. Katilce que se cuide.
Maurício Garcia, PhD, é especialista em gestão educacional e entusiasta de novas tecnologias aplicadas à educação.
http://www.mgar.com.br

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Redes Sociais a Serviço do Ensino

Mais de 5 milhões de estudantes brasileiros já pertencem a uma rede social na internet, como o Facebook ou o Twitter. A novidade é que, agora, parte deles começa a frequentar esses círculos virtuais estimulados pela própria escola - e com fins educativos. Alguns colégios, a maioria particular, fazem uso simples de tais redes, colocando ali informações como calendário de aulas e avisos. Muitas vezes, incluem ainda exercícios e o conteúdo das aulas, recurso que vem se prestando a aproximar os pais da vida escolar.
 
O maior avanço proporcionado por esses sites, no entanto, se deve à possibilidade que eles abrem para o aprendizado em rede - o que já acontece há mais tempo, e com sucesso, em países como Japão e Inglaterra. No espaço virtual, os alunos debatem, sob a supervisão de um professor, temas apresentados na sala de aula e ainda, de casa, podem tirar dúvidas sobre a lição.
 
O Twitter está sendo também adotado nas escolas por uma de suas particularidades: como nenhum texto ali pode ultrapassar 140 caracteres, os alunos são desafiados a exprimir ideias com concisão - habilidade revelada por grandes gênios da história e tão requerida nos tempos modernos. A experiência tem funcionado no Colégio Hugo Sarmento, de São Paulo, onde os estudantes se lançam em animadas gincanas das quais saem campeões aqueles com o maior poder de síntese. Conclui o professor de português Tiago Calles: "As redes fazem parte da vida deles. Não há como a escola ignorá-las".
 
Esse já é um consenso. O que se discute é como fazer uso seguro - e produtivo - das redes. Entre os sites de relacionamento, o Twitter agrada às escolas justamente por preservar, ao menos em parte, a privacidade dos alunos: é preciso nome de usuário e senha para tomar parte dos encontros on-line promovidos pelo colégio. Todo o conteúdo que resulta daí, porém, fica disponível na internet e qualquer um pode ver.
 
Preocupadas com isso, muitas escolas preferem criar redes próprias, que funcionam como uma intranet. "Evitamos assim a exposição dos alunos e temos condições de nos responsabilizar pelo que acontece na rede", explica Eduardo Monteiro, coordenador no Colégio Santo Inácio, do Rio de Janeiro, onde há um ano os alunos participam de debates virtuais que abarcam todas as disciplinas.
 
Outro perigo do ambiente virtual, este de ordem pedagógica, diz respeito ao tipo de linguagem que os alunos tendem a usar na rede, bem distante da norma culta. Não é fácil estimulá-los a empregar o bom português nesse contexto. Avalia Adilson Garcia, diretor do Colégio Vértice, em São Paulo: "Em atividades on-line, damos o exemplo aos estudantes, respeitando a pontuação e fugindo do coloquial - mas eles costumam escrever muito mal".
 
De todos os desafios, no entanto, talvez o mais difícil seja tornar o ensino em rede algo realmente eficaz. Nos Estados Unidos, por exemplo, algumas escolas que haviam aderido à modalidade se viram forçadas a voltar atrás. Quando os exercícios ocorriam nos domínios do colégio, verificou-se que os estudantes tinham o hábito de engatar em chats e navegar por sites de fast-food enquanto a aula virtual se desenrolava - um fiasco. Com base na experiência internacional, já se sabe um pouco do que funciona nesse campo. A mais bem-sucedida de todas as medidas tem sido colocar as crianças para compartilhar projetos de pesquisa em rede, reproduzindo assim (ainda que em escala bem menor) o que se vê nos melhores centros de pesquisa do mundo.
 
O Brasil está começando a adotar as redes virtuais no ensino com pelo menos cinco anos de atraso em relação a países da OCDE. O conjunto de experiências brasileiras, até agora, parece apontar para a direção certa - mas requer avanços. "É preciso integrar melhor o uso das redes ao currículo escolar. Sem isso, os efeitos serão modestos ou nulos", pondera José Armando Valente, do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Unicamp.
 
Para executar tarefa de tamanha complexidade, antes de tudo é necessário que as escolas disponham de uma equipe de professores bem treinados, artigo raríssimo num país que acumula tantas deficiências nesse setor. Por completa inexperiência, muitos deixam os computadores acumulando pó e, quando fazem uso deles em sala de aula, é para dar burocráticas lições de informática. Há, portanto, um gigantesco caminho a percorrer - e isso deve ser feito logo. 

Jorge Armando Valente é um dos palestrantes do People.Net in Education: Redes Sociais Aplicadas à Educação que acontecerá no dia 25/03/2011 no auditório da Universidade Anhembi Morumbi da Vila Olímpia.

Texto extraído do site: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/redes-sociais-servico-ensino acesso em 03/02/2011.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

REDES SOCIAIS E EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO, JUNTAS, O FUTURO.

As redes sociais já foram consideradas o futuro da internet. O futuro, portanto, chegou. E com ele uma dúvida: agora que as redes já são uma realidade, o que esperar delas? "Com a web cada vez mais interativa e social, penso que passaremos por um período em que surgirão diariamente novas alternativas de suporte para as redes sociais", responde Suzana Gutierrez Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisadora do Tramse (Núcleo de Pesquisa sobre trabalho, movimentos sociais e educação da UFRGS).
Suzana Gutierrez
Estas alternativas terão características diferentes segundo o ponto de interesse - música, comunicação, vídeos ou jogos, por exemplo - que procurarem atender. "Algumas vão desaparecer em pouco tempo, outras se transformarão, outras, ainda, vão compor novas alternativas híbridas. Algumas se consolidarão e farão história, como os blogs", prevê Suzana. Ela mesma lembra que isto já está acontecendo e cita como exemplo o Twitter. Se no início as pessoas respondiam à pergunta: "o que você está fazendo?", hoje elas contam no site o que está acontecendo.

Neste sentido, a portabilidade pode ser um primeiro e importante passo em direção ao futuro. "Não vai demorar até que a internet esteja por aí nas mochilas e nos bolsos", afirma Lilian Starobinas, Mestre em História Social, Doutora em Educação e pesquisadora de redes, colaboração e tecnologia. Para ela, a portabilidade e a mobilidade de computadores e conexões poderão ser aproveitadas em aplicações educacionais.
Lilian Starobinas
"A educação não pode, portanto, evitar o computador e filtrar sites como Orkut e YouTube. Educar é preparar para usar bem, com critério, ética e responsabilidade", opina Lilian. A pesquisadora também usa como exemplo o Twitter. "Ferramentas como esta alteraram a concepção de audiência, já que os comentários podem tanto ser voltados aos contatos do autor quanto a todos os interessados em determinado tema. Esse é um caminho fantástico para a troca de informações em larga escala", diz.

Tudo indica que, no futuro, redes sociais e educação se encontrarão frequentemente. "Novos recursos serão colocados nas atuais redes sociais porque, mesmo que esses sites não tenham sido criados para fins educacionais, os professores reconheceram o potencial deles para o ensino. As redes podem ser usadas pelos professores como ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), por terem recursos como fóruns de discussão, chats e, blogs", observa Vanessa Bohn, mestranda da Faculdade de Letras da UFMG e professora de inglês do Colégio Militar de Belo Horizonte.

A expectativa é que, além de contribuir com a educação, as redes sociais possam estimular também mudanças positivas nos métodos e nas formas de ensino, aprendizado e estudo. Se o que era futuro já virou presente, o que está sendo construído agora é uma rede de futuras possibilidades. Pegando emprestada uma prática comum nas redes sociais, possibilidades construídas com a colaboração de todos.

Texto Extraído do site Conexão Professor: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-26l.asp - Acesso em 02/02/2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

E Davos discutiu o "Poder das Redes Sociais"

Esse artigo foi extraído de Fórum de discussão do Rio de Janeiro,enviador por Marcio
Ferreira! Achei muito pertinente e estou compartilhando com vocês.
Assuntos de relevancia na Educação também serão discutidos no PEOPLE.NET 
in Education:Redes Sociais Aplicadas à Educação. 
Acesse: www.congressoredesocial.com.br
 
Abaixo o texto: 
 
O jornalista Merval Pereira, colunista de O Globo, publicou duas colunas, 
no sábado 29/01 e domingo 30/01 entituladas "A força das redes" e "Sociedades 
Maduras", respectivamente. Em ambos artigos ele se concentra em avaliar, a partir 
do artigo de Clay Shirky, professor de Novas Mídias da Universidade de nova York, 
como as Redes Sociais estão mudando a postura dos cidadãos, citando os casos de
mobilização social através de redes sociais nos episódios da Tunísia, Filipinas, 
Irã e, recentemente, Egito.
 
O artigo do professor Clay, "The Political Power of Social Media", tem oito laudas 
e está disponível no link ao final deste post em inglês tem uma conclusão 
importante de que "as redes por sí só não tem pode político superável, sendo 
necessário que a sociedade esteja madura para que seus efeitos aconteçam".
 
Rizzo Miranda (@rizzomiranda) , Nino Carvalho (@ninocarvalho) e Gil Giardelli 
(@gilgiardelli) são alguns brasileiros que têm discutido o poder deste 
"Cidadão 2.0" e o empoderamento - aqui entendido como a ação coletiva desenvolvida
pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, de 
consciência social dos direitos sociais - que as Redes Socias tem lhes dado 
em artigos, palestras e discussões nas próprias redes sociais como o Twitter.
 
Mas o mais interessante nos textos de Merval é a informação que o Fórum de Davos,
que discute a economia mundial, abriu espaço para discutir Redes Sociais numa mesa
de dar inveja e contou com o próprio Clay Shirky, Marissa Mayer, vice-presidente 
para pesquisa de produtos com usuários da Google; Daqn Ariely, professor de
Psicologia comportamental da Universidade de Duke; Reid Hoffman, fundador da 
LinkedIn.
 
Merval também recorre a Manuel Castells, sociólogo espanhol e autor do "clássico"
"A Sociedade em Rede", para reafirmar que as redes de comunicação social mudaram
a lógica de poder na sociedade atual.
 
Vale a leitura das colunas de Merval, que estão disponibilizadas em arquivos de 
imagem aqui e também, com paciência, ler o artigo de Clay Shirky.
 
Merval 1 - http://plixi.com/p/73829059 
Merval 2 - http://plixi.com/p/73829418 
Clay Shirky - http://bit.ly/hWHSzi
 
Marcio Ferreira - Consultor em Estratégias de Comunicação
marcioferreira@hotmail.com
www.marcioferreira.wordpress.com
 
 
Informações sobre o Congresso: 011 2289-1713 
ou acesse: www.congressoredesocial.com.br